A dor lombar é, atualmente, uma das principais causas de consulta médica em todo o mundo, uma das principais causas de falta ao trabalho e de incapacidade definitiva. É grande o impacto social e econômico com bilhões de dólares gastos anualmente e a lombalgia é considerada por alguns como uma epidemia. Acomete homens e mulheres igualmente e costuma ter início entre 30 e 50 anos de idade e dois terços dos adultos irão sofrer de lombalgia em algum momento de suas vidas.
Mesmo com o grande avanço tecnológico em procedimentos diagnósticos e técnicas cirúrgicas, os custos financeiros com o tratamento das lombalgias crescem exponencialmente, pois radiografias, ressonância magnética e tomografia computadorizada apresentam altas taxas de diagnóstico falso-positivo em indivíduos totalmente assintomáticos. O antigo e tradicional modelo baseado na patologia onde a identificação da patologia causadora é necessária antes da decisão de que o tratamento correto possa ser feito tem gerado um número crescente de cirurgias desnecessárias. Considerando a disparidade entre patologia e sintomas apresentados, não é surpresa que a escolha do tratamento conservador adequado para pessoas com lombalgia se pareça com as características de uma loteria de acordo com Sikorski (1985).
Um novo olhar do fisioterapeuta em pacientes com dor lombar
Uma recente abordagem de fisioterapia desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Pittsburgh liderados pelo Dr. Antony Delitto, Ph.D., direcionada para tratar de pacientes com dor aguda ou subaguda com significante limitação e dor em atividades de vida diária tornou-se o principal modelo de tratamento fisioterapêutico nos EUA. O diferencial desta abordagem consiste em uma detalhada avaliação e prescrição do tratamento personalizado para cada paciente. O primeiro processo de seleção é uma anamnese completa do paciente para analisar se é possível o início do tratamento conservador ou se o paciente terá que retornar ao médico que o encaminhou para esclarecimento do diagnóstico correto em caso do paciente apresentar sinais red flags que indicam patologias graves. O segundo processo de seleção é determinar o estágio e nível de intensidade que a lombalgia está, para isto, o fisioterapeuta utiliza-se de questionários de função para quantificar o nível de incapacidade atual e para medir níveis de crença de medo-recusa ou cinesiofobia a respeito do trabalho e da exposição à atividade física. O terceiro e último processo de seleção durante a consulta é o exame físico completo e minucioso, terminando com a observação dos exames de imagem disponíveis pelo paciente. Após o exame descrito acima, o clínico identifica o conjunto de sinais e sintomas apresentados nos três processos de seleção com o objetivo de classificar o paciente em 4 subgrupos distintos de intervenção terapêutica: subgrupo manipulação, subgrupo movimentos específicos, subgrupo estabilização e subgrupo tração.
A intervenção fisioterapêutica somente será realizada após a classificação do paciente no subgrupo de abordagem mais específica de acordo com seu caso clínico.
Os 3 locais de sintomas principais tratados pelo sistema de subgrupos:
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