Os critérios diagnósticos para cefaleia cervicogênica têm sido de muito debate na literatura. Tem sido sugerido que os dois critérios mais importantes de diagnóstico de cefaleia cervicogênica e de outros diversos tipos de cefaleia é o padrão de sintomas no qual começa no pescoço e migra para a região centro-ocular e de característica unilateral 27. Outros achados comuns em pacientes com cefaleia cervicogênica incluem dores provocadas por movimentos cervicais ou de postura sustentada ou cefaleia provocada por pressão em pontos gatilhos na região de trapézio superior, elevador da escápula e musculatura posterior paravertebral da cervical.

Em pacientes com cefaleia cervicogênica onde o fator dominante é input periférico, o tratamento engloba manipulações torácicas, manipulações e mobilizações de cervical alta e exercícios de resistência de flexores profundos cervicais. Para ambos os tipos de cefaleia, educação ergonômica e postural também é importante. Evidências de estudos prospectivos e randomizados e revisões sistemáticas sugerem que manipulações e mobilizações acompanhadas de exercícios são muito efetivas para reduzir duração e intensidade das cefaleias cervicogênicas. Cefaleias tensionais e cervicogênicas oriundas de sensibilização central necessitam, além de abordagem multimodal do fisioterapeuta, tratamentos interdisciplinares para abordagem da diminuição da hiperexcitabilidade do córtex cerebral, bloqueios musculares, bloqueios de nervos occipitais, neurotomias por radiofrequência e, principalmente, abordagem cognitivo-comportamental para atuar no aspecto emocional e de enfrentamento do paciente. No caso, o fisioterapeuta pode aplicar conceitos básicos de terapia cognitiva comportamental para eliminar crenças irracionais perante tratamentos, cinesiofobia e para que o paciente tenha uma participação ativa durante o processo de reabilitação, nunca passiva somente.

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